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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Governo defende equilíbrio nas mais-valias geradas na fileira do leite



O Secretário Regional da Agricultura e Florestas defendeu domingo à noite, na Vila Nova, Praia da Vitória, um equilíbrio entre os diversos agentes nas mais-valias geradas na fileira do Leite.

Noé Rodrigues, que falava na sessão de encerramento das III Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória, precisou que esse equilíbrio deve acontecer com os rendimentos dos produtores, da transformação e da distribuição.

“Aos produtores pede-se que produzam com qualidade e maior eficiência, aos transformadores pede-se que façam chegar ao mercado produtos diversificados, com maior valor acrescentado, e à distribuição pede-se que pratique preços justos, ou seja, aqueles que o mercado e o consumidor estão dispostos a pagar”, enunciou o governante.

Esse entendimento permitirá que “haja uma distribuição harmoniosa do rendimento do sector, o que é determinante para a sustentabilidade de todas as actividades ligadas à fileira”, acrescentou Noé Rodrigues,

Esta simbiose não está a acontecer, como mostram dados de do Comité Económico e Social da Comunidade Europeia indicando que quando o preço do leite subiu em 2007 houve um correspondente aumento do preço ao consumidor, “mas quando, em 2008 e 2009, o preço da matéria-prima baixou e representou descidas do preço de produtos lácteos lançados no mercado, em alguns casos com percentagens na casa dos dois dígitos, houve uma diminuição de apenas 2% no preço ao consumidor”, exemplificou o Secretário Regional.

Noé Rodrigues disse, por outro lado, que a incerteza que alguns produtores dizem sentir perante o desmantelamento das quotas leiteiras é a mesma que aconteceu aquando da implantação desse método de controlo da produção europeia de leite. Defendeu que o fundamental é as explorações continuarem o caminho da modernização, criando condições para serem cada vez mais produtivas e competitivas, aumentando, assim, o rendimento.

“Temos condições naturais para produzir leite com qualidade e com rentabilidade”, sublinhou, acrescentando que a produção animal continua a ser a área com melhores condições de sustentabilidade e quantidade, apesar de a diversificação agrícola estar a revelar-se um sucesso, “mas sempre limitado porque raramente se pode produzir hortícolas, frutícolas, vinícolas e florícolas acima dos 200 metros de altitude”.

As jornadas decorreram sexta-feira, sábado e domingo, com diversos painéis técnicos, organizacionais e de política agrícola.



GaCS/FA

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