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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Centro de Processamento de Resíduos da Ilha Graciosa arrancou hoje



Teve início hoje, na ilha Graciosa, o processo de construção de infra-estruturas previstas Plano Estratégico para a Gestão de Resíduos dos Açores (PEGRA), com o lançamento da primeira pedra do Centro de Processamento de Resíduos da Ilha Graciosa.

A cerimónia foi presidida pelo director regional do Ambiente, Frederico Cardigos, em representação do secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, que não pôde estar presente devido a doença.

Na ocasião, Frederico Cardigos disse que “este é o momento em que, após termos concebido o Plano, após termos feito um projecto exemplar e após ter decorrido o procedimento concursal, estamos perante a obra em curso”.

O início da obra na Graciosa, que em conjunto com outra similar nas Flores vai custar 12 milhões de euros, é o arranque “para resolver de uma vez por todas o grande problema dos Açores em termos ambientais”, sublinhou aquele responsável, acrescentando que esta “é uma tarefa que começa aqui e que demorará alguns anos até estar concluída, mas, aqui e agora, passa de inevitável a realidade palpável”.

A infra-estrutura que hoje arrancou naquela ilha da Coesão vai acabar com os vazadouros e atribuirá à ilha “o mais alto nível de processamento de resíduos”, disse também Frederico Cardigos, realçando que “falta um ano para termos o Centro concluído, para passarmos do passado dos lixos ao futuro dos resíduos”.

Através de um sistema de triagem, os resíduos processados na unidade em construção serão divididos em três componentes, com os resíduos orgânicos a serem encaminhados para o Centro de Valorização Orgânica por Compostagem, onde serão transformados em nova matéria, passível de ser utilizada em jardins e, com o aumento da qualidade e da quantidade, mesmo em solos agrícolas.

Outra das tipologias-base de resíduos são os chamados recicláveis, dos quais mais de um terço, tipicamente embalagens, terão “nova vida”, embora esta fora da Graciosa, exportados em contentores de transferência e transportados para unidades de triagem fina no exterior da ilha.

O restante, que já não tem utilização possível, sairá da ilha em unidades compactadas para ter o seu destino final em ilhas de maior dimensão. Esse destino final poderá ser depósito em aterro sanitário, ou ser ainda valorizado do ponto de vista energético.

O futuro da gestão de resíduos nos Açores, começa aqui. Dando um impulso inequívoco para a resolução do problema da gestão de resíduos nos Açores, e dando sequência ao previsto no PEGRA, estamos a elaborar o Sistema de Registo Integrado de Resíduos dos Açores e a preparar legislação para adaptar o licenciamento das actividades de gestão de resíduos à Região.

Frederico Cardigos referiu, por outro lado, que as Guias de Transportes de Resíduos já foram adaptadas “à nossa realidade”, acabando-se com a imposição de Guias compradas na Imprensa Nacional Casa da Moeda (nos Açores, as Guias são gratuitas e podem ser descarregadas e impressas a partir de qualquer computador).

“Simplificámos e simplificámos bem. Tão bem que estamos a receber contactos das restantes Regiões do país para que expliquemos como se faz”, revelou o director regional.

A nível regional, o Governo acabou já com os passivos de óleos e pneus, e está em curso um conjunto de medidas para acabar com outros resíduos, apoiando as empresas no transporte para fora da Região.

Depois de cerimónia, houve lugar a uma sessão destinada aos alunos graciosenses, onde foi projectado um filme sobre o funcionamento do centro e feita a explicação da importância de tratamento de resíduos e da separação dos mesmos.



Fonte: GaCS/FA/SRAM

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