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sábado, 7 de maio de 2011

Carlos César diz que vêm tempos difíceis, mas há aspectos positivos no acordo com a “troika”



O Presidente do Governo dos Açores disse ontem à noite que, apesar serem difíceis os tempos que se avizinham – em resultado da situação do pais e das medidas contempladas no acordo firmado entre o Governo da República e a “troika” de instituições nacionais que negociou a ajuda externa a Portugal – há uma dimensão positiva que resulta das condições fixadas no próprio acordo.

“A dimensão positiva é, desde logo, termos um programa destinado á competitividade, à melhoria da produtividade e da sustentabilidade da nossa economia e do nosso pais, com uma garantia de apoio internacional”, disse Carlos César.

Outro aspecto positivo é, para o governante, o acordo merecer um amplo apoio em Portugal, “desde a UGT à Confederação de Comércio Português, desde o próprio Governo da República e do partido que o apoia, o Partido Socialista, aos dois maiores partidos da oposição, o PSD e o CDS, que declararam apoiar esse acordo.”

Mas, como sublinhou, “o que é mais encorajador é que, pelo menos, este acordo não incluiu algumas decisões que se receavam, mais penalizadoras das pessoas e dos seus rendimentos”, tais como a supressão do subsídio de férias, do subsídio de Natal, a diminuição do valor dos ordenados em geral e das pensões mais baixas, ao despedimento de muitos milhares de funcionários públicos, como ocorreu na Grécia e na Irlanda, por imposição do FMI.

Ainda assim, Carlos César chamou a atenção para os sacrifícios e mudanças que vão ocorrer na vida das pessoas e das empresas, designadamente com o pagamento, ainda que simbólico, de alguns serviços e cuidados médicos, com a subida dos impostos, com a diminuição de regalias em régies especiais como o da ADSE e com uma previsível subida da taxa de desemprego.

Aludindo às maiores dificuldades que a economia vai enfrentar, o Presidente do Governo disse esperar, no entanto, que o país possa rapidamente ultrapassar essas dificuldades e possa retomar um ritmo de convergência, de expansão e de desenvolvimento económico.

Carlos César, que falava na sessão de encerramento do “Campeonato Nacional das Profissões Açores – 2011”, que decorreu em Ponta Delgada, disse que para esse grande objectivo “a qualidade de cada um vai ser muito importante”, pelo que exortou os jovens a procurarem ser os melhores possível nas suas profissões.



GaCS/CT

Publicado por: Jorge Gonçalves

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