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terça-feira, 13 de março de 2012

Difusão de conteúdos nas redes sociais deve respeitar a dignidade e o valor da pessoa humana


A Diretora Regional da Educação e Formação afirmou hoje, na Horta, que “quem produz e difunde conteúdos nas redes sociais deverá sentir-se obrigado ao respeito da dignidade e do valor da pessoa humana”.



A opinião foi expressa por Graça Teixeira na abertura da sessão regional do Parlamento dos Jovens do ensino básico, que decorre nesta terça-feira na sala do plenário da Assembleia Legislativa dos Açores, dedicada ao tema “Redes Sociais: combate à discriminação”.


Dirigindo-se aos 43 pequenos “deputados” por um dia ali presentes, Graça Teixeira sublinhou que aqueles que usam as novas tecnologias “devem evitar a partilha de palavras e imagens degradantes para o ser humano e, consequentemente, excluir aquilo que alimenta o ódio e a intolerância, o que possa ensombrar a beleza e a intimidade da sexualidade humana, por exemplo, ou que possa contribuir para a exploração dos mais frágeis e dos mais desprevenidos”.


Por tudo isto, acrescentou aquela responsável, “espero que este tema, tão atual e pertinente, permita trazer ao debate a importância destas redes sociais, na sua vertente de combate à discriminação, no sentido de educar para a cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política”.


Graça Teixeira adiantou ainda que “as tecnologias são, de facto, uma verdadeira faculdade para a Humanidade”, razão pela qual “devemos fazer com que as vantagens que oferecem sejam postas ao serviço de todos os seres humanos e de todas as comunidades”.


A este propósito, a Diretora Regional da Educação e Formação lembrou que a evolução tecnológica e a facilidade do acesso a telemóveis e computadores, ao proporcionar uma “forma instantânea de contacto e partilha de informação, rapidamente apreendida, sobretudo pelos jovens”, geraram também “uma nova cultura de comunicação, recheada de benefícios”.


Como exemplos dessas vantagens, indicou Graça Teixeira, “as famílias podem permanecer em contacto apesar de separadas por enormes distâncias, os estudantes e os investigadores têm um acesso mais fácil e imediato aos documentos, às fontes e às descobertas científicas e podem por conseguinte trabalhar em equipa a partir de lugares diversos”, além de que “a natureza interativa dos novos media facilita formas mais dinâmicas de aprendizagem e comunicação que contribuem, sem sombra de dúvida, para o progresso social”.


Depois de lembrar que “a tecnologia é a melhor arma contra a pobreza”, razão pela qual já há quem esteja “a trabalhar numa forma de financiar a criação de infraestruturas tecnológicas em países pobres”, aquela responsável exortou os pequenos “deputados” a aprovarem ali “verdadeiras e sérias medidas de recomendação de combate à discriminação” a serem levadas à Assembleia da República.


“É essencial tornar os novos instrumentos de comunicação acessíveis a todos, sobretudo aos que já são económica e socialmente marginalizados”, insistiu.


A terminar, Graça Teixeira felicitou todos os alunos açorianos que, no âmbito do programa Parlamento dos Jovens, trabalharam “na defesa e na procura de estratégias que permitam usar as redes sociais como forma e princípio da igualdade e ensinar as pessoas a terem a mesma atitude perante homens e mulheres, independentemente da raça, da religião e/ou do aspeto físico, procurando promover a solidariedade humana, a paz e a justiça, os direitos humanos e o respeito pela vida”.


Participam nesta sessão regional do Parlamento dos Jovens do ensino básico as Escolas Básicas e Integradas da Ribeira Grande, de Angra do Heroísmo, dos Biscoitos, de Rabo de Peixe e Mouzinho da Silveira, as Escolas Básicas e Secundárias da Ribeira Grande, da Povoação, de Vila Franca do Campo, da Calheta, de São Roque, da Graciosa, Cardeal Costa Nunes e Tomás de Borba, as Escolas Secundárias da Lagoa, das Laranjeiras, Antero de Quental, Manuel de Arriaga, Vitorino Nemésio e Emiliano Jerónimo de Andrade e o Colégio O Castanheiro.



GaCS

Publicado por: Jorge Gonçalves

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