São poucos os produtos nos Açores com certificação europeia de origem controlada. Os alhos da Graciosa são um desses raros produtos. A realidade da produção do alho no entanto tem vivido dificuldades que os produtores não estavam a conseguir solucionar sozinhos. Inserido neste programa, a cooperativa em conjunto com a CCAH, através do seu núcleo da Graciosa, realizou uma visita exploratória a Gilroy, denominada “capital mundial do alho”.
“Esta visita foi de uma importância vital para o desenvolvimento da cultura do alho na Graciosa. Lá, junto das empresas de sucesso do sector, aprendemos novas técnicas que vão facilitar em muito a produção e tomamos conhecimento de novas formas de comercializar o alho, enquanto produto transformado”, explica Carlos Brum, responsável do núcleo da CCAH na Graciosa.
Na prática os produtores descobriram em Gilroy tecnologia que permite descascar o alho de forma simples e rentável e novas metodologias de armazenamento e secagem. Este foi um passo muito importante que se traduziu já num aumento da área de cultivo do alho para o dobro.
A Graciosa que era responsável por 1% de toda a produção de alho nacional, viu esse número crescer para os 2%, e encontra no alho transformado, um leque de produtos que permitem crescer ainda mais esta cota de mercado. Também nesse sentido foi muito importante a visita a Gilroy. “Junto das empresas americanas vimos exemplos de aplicações que ate desconhecíamos. De certa forma aprendemos como rentabilizar ao máximo o produto através da transformação, fugindo ao artesanal processo de comercialização do alho em restas”, destaca o responsável.
Outra das mais-valias foi a troca de tecnologia e contactos. Os produtores da Graciosa já trouxeram maquinaria que estão a utilizar na cooperativa e contactos para compra de novas sementes, que vão permitir uma qualidade ainda maior do alho graciosense.
Fonte: A União
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